História da Pastelaria Portuguesa
Todo começou com os Lusitanos à 2800 Anos. Na base dos bolos estavam a
farinha de bolota e o mel, já que a farinha de cereais não abundava na
Lusitânia e o açúcar não era conhecido. A confeção de doces ocorria
somente em épocas de festa e destinava-se aos membros do “clã”, Com a
chegada dos Romanos, á cerca de 1800 Anos os doces eram vendidos nas
ruas e praças das cidades, nesta altura já com farinhas de cereais e o
açúcar excecionalmente e em casa de pessoas ricas e como condimento
especial.
Com a queda do Império Romano os doces passaram a ser confecionados nos mosteiros ou conventos e nas sés e havia a possibilidade de ir mantendo o conhecimento de muitas receitas que devem ter sido populares. A conquista da Hispânia pelos Mouros possibilitou, com o desenvolvimento da agricultura cultivo e a refinação do açúcar nas costas do Mediterrâneo. Este desenvolvimento chegou ao sul do Tejo onde ali eram plantados a Laranjeira, o Limoeiro, e a amendoeira, além de outras árvores de frutos. Isto explica o desenvolvimento da doçaria Regional Algarvia. No norte de Portugal cristão a evolução do comércio de importação e exportação permitiu o desenvolvimento da produção do açúcar de cana a partir da Ilha da Madeira (1430) e mais tarde o Brasil em (1530) possibilitou a generalização do emprego do açúcar na Pastelaria. Só nos finais do Séc. XV e devido ás industrias do açucares o valor deste género caiu devido á abundância, e o seu consumo foi generalizado a todas as faixas sociais, e não só em Portugal mas também no resto da Europa. Todavia, os conventos continuaram a ser até meados de Séc. XIX os principais centros de confeção de pastelaria em Portugal. Após algumas convulsões políticas e sociais algumas famílias especializaram-se na confeção de determinados doces, cujas receitas provinham de gerações para gerações. Deste modo surgiram os “os doces Regionais” e também a renovação da confeção e venda de doces pelas ruas e praças quer aos passantes, quer de porta em porta.
A produção de pão industrializa-se, paralelamente á industrialização da pastelaria onde existem já vários tipos de bolos. A pastelaria industrial é incrementada com a moda citadina dos estabelecimentos hoteleiros e similares em meados do séc. XIX, mas especialmente após 1945. O aumento do nível de vida das populações urbanas permitiu-lhes procurar estabelecimentos que permitiam também ao público saboreá-los e produzir os doces em boas condições higiénicas e com baixo custo de produção.
Com a democratização dos preços e das normas de higiene e qualidade os empresários de pastelaria empregaram máquinas apropriadas e os locais de trabalho tornaram-se mais eficazes para cada trabalhador tivesse condições para produzir eficazmente. História da Europa, no Séc. XVI, os produtos de Pastelaria estavam ainda muito afastados daqueles que hoje em dia conhecemos.
A massa para pasteis foi criada, diz-se em 1540, por
Popelini cozinheiro de Catarina de Médicis, Mas a arte de pasteleiro só
começou existir verdadeiramente no Séc. XVIII, vindo a conhecer o seu
pleno desenvolvimento nos Séc. XVIII e XIX. Algumas datas assinalam esta
história: 1638, a invenção das tartes de amêndoa por Ragueneau; 1740,
introdução em França das babás, por intermédio de Estanislau
Leszczynsky; 1760, a criação por Avice, dos bolos tostados e dos
ramequins; 1805, invenção do arranjo em corneta, por Lorsa, pasteleiro
de Bordéus.
O maior inventor do dealbar do Séc. XIX foi, sem sombra de
dúvida, Carême, ao qual a tradição atribui o negado, o merengue, o
croquembouche, o vol-au-vent, e o aperfeiçoamento da massa folhada. No
Século Passado, outros grandes como; Rouget, os irmãos Julien, Chiboust,
Coquelin, Stohrer, Quilet, Bourbonneux, Seugnoy, etc. aumentaram o
repertório da pastelaria, com os mil-folhas, saint-honoré, bourdaloue,
napolitano, pão-de-génova, moka, trois-frères, savarin gorenflot, etc.
Toda esta História de Pastelaria e dedicada aos Grandes Homens e
Mulheres da época no qual dedicaram a sua vida para o desenvolvimento da
mesma. Grandes nomes em que algumas sobremesas são dedicadas a cada
inventor...?
Fonte: http://chefereceitas.blogspot.com/2010/01/historia-da-pastelaria-portuguesa.html